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A arte de imprimir estilo nas roupas

24 de julho de 2014

Customizar é uma das modas destes tempos pós-modernos. Na busca incessante da identidade, cada um quer vestir algo que reflita um pouco de sua personalidade. Daí a onda de apropriar o figurino ao estilo pessoal ou à demanda do consumidor. Ou seja, podemos dizer que você é o que você veste.

A customização ou personalização resume basicamente em transformar. O que é básico pode ganhar personalidade e estilo. Como? Bordando uma peça já usada, criando desenhos ou pintando sua superfície, cortando mangas ou decotes. Isso é imprimir a personalidade ao seu traje.

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Muitas vezes é necessário apenas unir alguns elementos, como tintas, tesoura, agulhas, canetas próprias para tecido, algumas pedras coloridas para incrementar um bordado, botões, fuxicos, cordões, entre outros itens simples. E pronto, basta somar a tudo isso boas porções de engenhosidade.

Outra vantagem da customização é a possibilidade de poder elaborar modelos totalmente originais. Ou seja, qualquer um pode se transformar em um estilista pessoal. Desta forma também será fácil encontrar uma nova utilidade para a roupa que seria descartada.

Algumas marcas renomadas foram e são adeptas à customização, em especial o Jeans, uma das peças que são mais personalizadas! Indo um pouco mais a fundo na história. Levi Strauss, quem inventou as calças jeans, teve o seu primeiro lote das peças com código o número 501, que nomeou o clássico e mais famoso modelo da Levi’s. Mas o modelo clássico não seria “básico” por muito tempo.

page_levisDesde quando foi inventada, há 140 anos, o demin atravessa séculos e é o artigo de moda mais democrático e popular existente. Na década de 40, os cowboys do asfalto montavam suas motos Harley-Davidson trajando o jeans. Mas foi na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme “Juventude Transviada”, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca. Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem intrinsecamente ao rock.

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A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes. Logo depois, novas modelos, como Marylin Monroe, usavam o jeans com um apelo sensual.

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Depois de James Dean e Marlon Brando, vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem. Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem. Foram os hippies que introduziram a ideia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais.

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Temos como exemplo o jeans Levi’s ® que apareceu com toque de customização e modernice nos shorts para a Farm.

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Ainda falando de jeans… Considerado um dos pioneiros do lifestyle jeanswear, o estilista Calvin Klein foi o primeiro a apresentar o jeans nas passarelas e, mesmo provocando os mais conservadores, inseriu esta peça definitivamente no guarda roupa feminino e masculino.

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Foi em 1979 que Calvin Klein elegeu a modelo teen Brooke Shields como estrela de sua campanha de jeans cujo slogan “Nothing comes between me and my Calvins” (Não há nada entre mim e meu jeans Calvin), a frase repercutiu e fixou o nome e a imagem da marca em todo mundo. Com design inovador, primor nos detalhes, lavagens diferenciadas e preço acessível, o jeans Calvin Klein revolucionou o mercado e se firmou como verdadeiro mito – ter um ‘Calvin’ tornou-se um sonho de consumo e sinônimo de personalidade. 

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Outro case de sucesso com a história de customizar são as nossas Havaianas. As legítimas, inúmeras vezes copiadas e que está nos pés de todo mundo, literalmente, dá a possibilidade de exclusividade para o consumidor ao personalizar a sua, além de diversos designers diferentes aos dos modelos originais. Para aplicar estilo, vale spikes, pedras, strass e até mesmo pingentes…

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NÃO IMPORTA QUAL SEJA A PEÇA, o importante é mostrar o seu estilo! Em alguns eventos como Festas Juninas, por exemplo, as pessoas esbanjam criatividade ao criar o seu look “caipira”. O mesmo acontece com a Feijoada do Amaral, o pioneiro reunir mulheres que imprimem estilo nas suas camisas- convites.

Como eu adoro pessoas com personalidade, usei também o conceito de customização no meu último evento. Confiram as camisas customizadas por algumas amigas e que chamaram atenção na Feijoada realizado no Salve Simpatia.

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