Aproveitando a liberdade de expressão que chega junto com o carnaval, hoje vamos falar sobre leques! Isso mesmo, aquele acessório muito usado pelas nossas mães e avós tem diversas origens curiosas e é adereço obrigatório nas noites quentes de verão nas mãos dos meus amigos (heteros, diga-se de passagem) espanhóis.
Nas minhas pesquisas sobre esse adereço refrescante, não tem apenas uma história sobre o seu surgimento. A minha preferida é da mitologia grega, que conta que Eros, deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, personificação da alma, furtou uma asa de Zéfiro, deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. É ou não é a melhor?
Historicamente, acredita-se que surgiram no Japão no século XV, porém, comprovadamente virou ícone de luxo e sofisticação da elite europeia no século XVII. Seu status de poder também marcou presença nas civilizações da Antiguidade (Egito, Grécia e Roma).
Os leques podem ser feitos de madeira, madrepérola, marfim, tartaruga e quais mais a criatividade humana inventar. Mas, na França do século XVIII, foram fabricados com pequenos espelhos para que as damas pudessem observar a movimentação ao redor e flertar discretamente, assim surgiu a linguagem do leque. E, todo o mistério e sedução se mantêm até hoje.
Fiquei tão curioso quando conheci um grupo de espanhóis animados em Búzios, que no meio da noitada abanavam animados seus leques. Quando os recepcionei em Niterói, tive que fazer o clique abaixo para contar para vocês!
Atualmente aqui no Brasil, são usados como mimo para os convidados em casamentos diurnos. Cumprem a função de refrescar quando as temperaturas estão altas e ainda dão um charme ao evento.
Quem aqui usa leque? Adoro o ventinho, mas nunca carrego um!
Bjss,
HE.